Em artigo muito bem amarrado e ilustrado, Ethevaldo Siqueira usualmente tão dedicado a gestão de Telecom e TI aborda de maneira muito erudita e interessante o dilema da tecnologia querendo superar a mítica técnica artesã de se construir violinos.
Com evidente referência ao luthier italiano Stradivarius (e seus famosos proprietários), Ethevaldo escreve:
“Em todo o mundo, pesquisadores têm estudado as qualidades das melhores madeiras usadas na fabricação de violinos – além do pinho da Bósnia ou do abeto italiano, para o tampo superior, e do plátano para o tampo inferior. O resultado da maioria das experiências com materiais sintéticos, como os plásticos, tem sido decepcionante, pois nenhum deles produziu, até agora, sonoridade comparável à daqueles lendários instrumentos.”
“Antonio Stradivari (1644-1737) nasceu e morreu em Cremona. Depois de ter sido aluno de Nicola Amati de 1667 a 1679, montou seu próprio estúdio em 1680 e fabricou mais de mil violinos e outros instrumentos de arco (violas e violoncelos) ao longo de sua vida. Desse total, sobreviveram até nossos tempos cerca de 600.”
“Faber relata mitos e verdades relacionadas com esses instrumentos quase lendários e mostra que toda tecnologia do mundo atual não tem sido capaz de reproduzir violinos com a qualidade dos fabricados há quase 4 séculos na Itália. A acústica e a perfeição desses instrumentos são também, em grande parte, responsáveis pelo sucesso de virtuoses como Paganini, Fritz Kreisler, Jascha Heifetz, Yehudi Menuhin, David Oistrach ou Itzhak Perlman.”
Relato do combate entre homem x máquina? Referência nostálgica e limitante à evolução da tecnologia?
Acho que não, isso é a prova que técnica e conhecimento ainda são o caminho mais curto para a excelência. Provavelmente insubstituível.
Fonte Ethevaldo Siqueira
Muito bom post, e pensamento, aprecio muito violino stradivarius e também estive pensando na idéia de que a tecnologia com toda sua potência não consegue imitar algo tão excelente…
Dá-lhe stradivarius..
rsrs
Até o final dos tempos, a máquina NUNCA, nunca, vai superar a beleza dos trabalhos das maos de um artesão; NUNCA