Mercado pode aprender com OpenSource

Cezar Taurion, mais uma vez faz prova de brilhantismo e sugere, analisando educação:

Imaginem um curso de graduação de quatro anos em ciência da computação. Metade do que o aluno aprende no primeiro ano estará obsoleto lá pelo terceiro ano. Os mecanismos de atualização dos cursos atuais ainda estão, em sua maioria, adaptados aos tempos pré-Internet e não conseguem acompanhar na velocidade adequada a evolução tecnológica.

Olhemos agora as comunidades Open Source. Elas são orgânicas ou sejam, auto organizadas, e incentivam processos informais de aprendizado em grupo. Podemos classificá-las como “learner-centric”. Na minha opinião, os projetos Open Source são um belo exemplo de ecossistemas de aprendizado, pois as comunidades Open Source conseguem prover e distribuir, de forma sustentável, o conhecimento necessário para a produção de software de boa qualidade.

Querem alguns exemplos?

a) Conteúdo gerado pelo usuário. Porque os estudantes não podem contribuir pró-ativamente para a criação e evolução do material do curso, através de wikis, código fonte, blogs, etc? O engajamento ativo dos estudantes aumenta sua motivação e abre pespectivas inovadoras para o conteúdo do curso.

b) Atividade real. Fazerem os alunos contribuirem com código real para uma comunidade Open Source existente ou a ser criada pelos próprios alunos, é um trabalho útil e uma experiência profissional sem preço. Eles passam a ter contato com outros profissionais e estudantes (do mundo inteiro) e aumentam sua percepção e prática do que é desenvolver software de forma colaborativa. O compartilhamento de informações com outros estudantes e profissionais é altamente benéfico.

Isso deveria ser alargado ao ambiente corporativo em geral, como uma empresa pode ganhar:

  • em velocidade de troca de informação e tomada de decisão?
  • em poder de ação coordenando times dispersos e heterogêneos (skills diferentes)?
  • em concentração do conhecimento da empresa para transforma-lo em ativo real e concreto?

Respondendo a estas perguntas, naturalmente, se esbarrará em temas como:

  • gestão de ativos intangíveis
  • regras de governança
  • ferramentas web2.0

E nos parece justamente estar aí a fonte de diferenciais competitivos reais.

Fonte Blog do Cezar Taurion

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