Microsoft é referência do Google

Bing é referência do Google
Bing é referência do Google

Ele apareceu faz pouco tempo. É discreto que só mas, numa página tão espartana, ainda assim chama atenção. Está lá no pé, à esquerda, do endereço Google.com: “Altere a imagem do plano de fundo”. A home branca se vai substituída por uma fotografia colorida à beça.

O Google fica a cara do Bing. Há um quê de surreal na situação, como se algo ali não fizesse sentido. O Google copiando o sistema de buscas da Microsoft. E alguém na Microsoft anda feliz da vida: elogio na imprensa não é exatamente coisa com a qual estão acostumados.

Não adianta recorrer a ele. O Bing é bom, sim. Mas não no Brasil. Ele é bom nos EUA. E não é que seja bom em qualquer busca. Ele faz bem coisas bastante específicas.Procurar, por exemplo, passagens de avião para comprar. É uma busca tão sofisticada que entende a flutuação dos preços. Não só informa que um avião sai do aeroporto pedido e a que horas naquele dia como diz se o momento para comprar é bom ou ruim. Se o preço melhora nuns dias ou se não passa disso. Ainda traz retorno muito mais relevante para busca de produtos e preços, ou ainda no retorno de resultados de jogos esportivos, entre outras segmentos escolhidos estrategicamente pela Microsoft.

Adicionalmente, pode se notar que faz só algumas semanas que o Google adaptou seus resultados de busca para imagens. Um scroll para baixo resolve – a próxima patacada de fotos aparece.

Derrubar o Google não é trivial mas a tática da Microsoft é interessante por surpreender: ao invés de tentar construir um site de buscas melhor em tudo, optou por investir em segmentos específicos e a investir na interface. A busca se apresenta mais organizada, mais prática e o produto final é ornado por uma bela fotografia que muda todo dia.

Confirma-se a vocação da internet para estratégias de nicho e sua enorme dependência por usabilidade.

Fonte Estadão

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