Uso de internet tem impacto na inteligência

Um dos mais famosos nessa área foi realizado pelo neurocientista Gary Small, da Universidade da Califórnia. Small comparou a mente de adultos com pouca experiência em tecnologia com a de assíduos usuários da internet. Todos realizaram testes na própria rede. A análise mostrou maior atividade na área de tomada de decisões e raciocínio complexo no cérebro das pessoas acostumadas à tecnologia. Apontou também que os inexperientes, após algum tempo, começavam a se igualar aos conectados.

Deve chegar neste ano ao Brasil, por exemplo, o livro do editor americano Nicholas Carr The Shallows (algo como “O raso”), que expõe um ponto de vista mais negativo sobre o efeito da web. A tese central de Carr é que a natureza caótica e descentralizada da internet está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profundas. Para ele, a rede está nos tornando mais idiotas.

Outro destaque é o pensador Kevin Kelly, que se vale de exemplos neurológicos já conhecidos para inferir que o impacto da internet é real e lança, a partir de sua experiência pessoal, várias ideias sobre como a rede está alterando o processo de pensamento. Ele argumenta, por exemplo, que apesar de a rede ter nos tornado mais capazes de acessar conhecimento também ampliou a incerteza em relação à informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez mental”: o pensamento se tornou mais fluido. Agora a mudança de opinião é mais constante e os extremos de interesse e desinteresse em relação a vários assuntos se ampliaram.

Vamos acompanhar.

Fonte Época Negócios

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