Mais um golpe no modelo tradicional de publicidade

Saiu no New York Times (publicado pelo Estadão) um artigo preocupante para as agências de publicidade. A pesquisa foi realizada durante o SuperBowl 44, no último domingo:

“Muitos dos comerciais considerados em geral mais eficientes, memoráveis e comentados foram criados ou sugeridos pelos consumidores – ou produzidos pelos próprios patrocinadores -, e não por profissionais de agências de publicidade.”

“‘A resposta a esses vídeos foi impressionante, tanto dentro quanto fora da companhia’, ela escreveu em uma mensagem por e-mail. ‘Portanto, decidimos compartilhar o nosso anúncio favorito com o maior número possível de pessoas.’

Mas, além de toda a atenção dispensada aos comerciais que mais agradaram, houve também uma pesquisa nos spots que fracassaram. Um comercial do tênis Skechers Shape-up recebeu os comentários mais negativos no Facebook e no Twitter, segundo a Fizziolo.gy, que reúne e mede as opiniões contidas nos sites sociais e blogs, seguido por um spot para a Taco Bell com o ex-jogador de basquete americano Charles Barkley.

‘O conteúdo negativo foi assustador’ para a Skechers, disse Ben Carlson, presidente da Fizziolo.gy, talvez porque era o anúncio prosaico de um produto que foi mostrado duas vezes. O comercial da Taco Bell foi criticado por causa da aparência de Barkley. ‘Ele não é um bom porta-voz’, comentou Stibel. ‘Parecia que ele tinha tomado umas a mais’.

Também foram negativas as críticas de anúncios que, segundo alguns telespectadores, humilham as mulheres, como os comerciais dos pneus Bridgestone, do Dodge Charger, Flo TV e GoDaddy.com.”

Já não é de hoje que o descolamento da realidade do consumidor ou até o descolamento da linha estratégica das agências é criticada. Este só é mais um pesado golde no modelo de negócio e criativo das agências de publicidade no mundo todo. Acredito que só mexendo no bolso delas (e agora com o consumidor criando isso vai transferir naturalmente os investimentos) é que de fato observaremos algum movimento.

Vai depender da coragem e visão dos anunciantes. Será que eles terão?

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