Insights do Cezar Taurion sobre web 2.0

Texto do Cezar Taurion sobre web 2.0:

“Outro dia estava arrumando minhas pastas de apresentações quando resgatei uma apresentação meio antiga sobre Web 2.0. Bem, olhei os foils com a perspectiva de hoje e surgiram alguns insights que gostaria de compartilhar com vocês.

A Web 2.0 não é só tecnologia, mas uma nova geração de sites criados na interseção entre tecnologia, conceitos de negócios e interações sociais.

Mas, o que caracteriza a Web 2.0? Um ponto que me chama atenção é o fato das iniciativas Web 2.0 tenderem a ser “perpetual beta”, ou seja, nunca terminam…Estão em constante evolução. Olhem o Gmail. No seu logo está escrito “BETA”, embora o software exista desde 2004 e já conta com milhões de usuários. Ser beta tem algumas vantagens: coloca-se o serviço no ar muito rapidamente e obtém-se constante feedback dos usuários. “Perpetual beta”não é uma tecnologia, mas sim um processo. Embora por si não seja novidade (a indústria de software já usava versões beta para conseguir feedback dos early adopters), na Web 2.0 a escala (quanto usuários incluídos na lista: todos!) e a duração do processo (perpétua) é que fazem a diferença.

Outra característica é a importância do efeito de rede (externalidade de rede). Os serviços e aplicações Web 2.0 só tem valor quando conseguem agregar um massivo número de usuários. O valor de um Orkut, um Facebook, Flickr ou Wikipedia está no tamanho da sua comunidade. O Wikipedia, por exemplo. Se não houvesse um massivo número de contribuidores o volume e qualidade dos verbetes a tornaria uma enciclopédia inútil. Por outro lado, esta é um barreira de entrada. As iniciativas Web 2.0 tem que conquistar rapidamente uma massa crítica de usuários para poderem decolar e conseguirem criar uma barreira para outros competidores! A estratégia deve ser “early entry/first mover”, ou seja, ser o primeiro a criar algo novo e conquistar rapidamente uma significativa base de usuários.

Outra característica: os serviços e aplicações Web 2.0 se expõem ao mundo através de APIs, para atrairem mais desenvolvedores que desenvolvem novas aplicações, aumentando a sua funcionalidade e consequentemente atraindo mais usuários: efeito de rede.

E mais uma: a maioria dos projetos Web 2.0 é baseada em softwares Open Source, como o pacote LAMP (Linux, Apache, MySQL e PHP) e frameworks como Ruby on Rails, etc. O Wikipedia, por exemplo é 100% baseado em LAMP.

Bem, e como se ganha dinheiro com os serviços e aplicações Web 2.0? As iniciativas mais famosas estão realmente gerando dinheiro? Uma vez li um artigo no Wall Street Journal mostrando que o Google está tendo dificuldades para obter receita com o YouTube. Embora hajam dias em que os usuários do site vejam videoclips mais de um bilhão de vezes, o YouTube ainda não é popular entre os anunciantes. Estima-se que sua receita mundial neste ano deve girar em torno de 200 milhões de dólares. Só para lembrar, o YouTube foi comprado pelo Google por 1,7 bilhões de dólares…”

Fonte Blog do Cezar Taurion

Leia POST >

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *